sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Obesos podem viver menos oito anos

E começar a ter doenças 19 anos mais cedo do que a média

Por: Redação / VC    |   há 34 minutos
 
As pessoas obesas podem viver menos oito anos do que a esperança média de vida, por causa da doença. É o que revela um estudo da revista médica «The Lancet» que adianta, ainda, que há maior probabilidade de estas pessoas sofrerem de outras doenças 19 anos mais cedo do que a média. 

Investigadores do Instituto de investigação do centro de saúde da Universidad McGill de Montreal, no Canadá, dirigido por Steven Glover, elaboraram um modelo informático da incidência de doenças segundo o peso, com dados retirados de um estudo sobre alimentação e saúde, realizado nos EUA, nota a Lusa.
«O nosso modelo informático prova que a obesidade está associada a um risco mais alto de desenvolver doenças cardiovasculares e diabetes que, em média, vão reduzir drasticamente a esperança de vida das pessoas e os seus anos de vida saudável»

Os cientistas calcularam o risco de contrair diabetes e doenças cardiovasculares para adultos com pesos diferentes. Depois, analisaram o efeito do peso a mais e da obesidade nos anos de vida perdidos e nos anos com saúde perdidos nos adultos dos EUA, com idades entre 20 e 79 anos, comparados com pessoas com peso normal.

A investigação revelou que as pessoas com peso a mais, correspondente a um índice de massa corporal (IMC) de 26, perdiam de zero a três anos de expetativa de vida, conforme a idade e o género.

As pessoas obesas (IMC de 30) perdiam entre um a eis anos, enquanto a muito obesas (IMC de 35) tinham as suas vidas reduzidas entre um e oito anos, comparado com pessoas com um IMC ajustado à sua altura e dimensões.

Considera-se que um IMC abaixo de 18,5 indica desnutrição ou algum problema de saúde, enquanto um acima de 25 revela peso a mais. Acima de 30 há obesidade leve e de 40 obesidade pesada

Segundo o estudo, o efeito do peso a mais na perda dos anos de vida é maior entre os jovens com idades entre 20 e 29 anos, tendo ascendido mesmo a 19 anos em dois casos de obesidade extrema, diminuindo com a idade.

O excesso de peso reduz a esperança de vida, mas também os anos com vida saudável, definidos no estudo como os anos sem doenças associadas ao peso, como a diabetes de tipo 2 e as doenças cardiovasculares.
«O quadro está claro: quanto mais uma pessoa pesa e quanto mais jovem é, maior é o efeito na sua saúde, pois tem mais anos à frente em que os maiores riscos de saúde associados à obesidade podem ter um impacto negativo na sua vida»

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Médicos britânicos querem indicação de calorias em bebidas alcoólicas

  • Há 1 hora
Governo britânico e Comissão Europeia vão analisar possibilidade de incluir calorias em rótulos de bebidas
Médicos britânicos afirmam que bebidas alcoólicas vendidas no país deveriam ter uma indicação das calorias que contêm para reduzir a obesidade na Grã-Bretanha.
Os membros da Sociedade Real para Saúde Pública alertam que um copo grande de vinho pode conter cerca de 200 calorias, o mesmo de uma rosquinha doce recheada.
A secretária britânica de Saúde Pública, Jane Ellison, afirmou que já foram alcançados "grandes avanços" na colocação das calorias em rótulos de alimentos e o governo também vai analisar a questão das bebidas alcoólicas.
"É muito positivo ver que as pessoas querem mais informações que as ajudem a levar uma vida mais saudável. Fizemos grandes avanços nos rótulos de alimentos e os clientes agora podem ver as calorias que estão consumindo em muitos produtos."
"Já é possível para os produtores e revendedores de bebida alcoólica mostrarem o conteúdo calórico em seus rótulos, mas nós vamos continuar a analisar o que mais pode ser feito para ajudar as pessoas a fazerem escolhas mais saudáveis", acrescentou.
A indústria de bebidas alcoólicas afirmou que está aberta à ideia de indicar as calorias nos rótulos, mas acrescentou que acredita ser mais importante indicar o teor alcoólico.
A Grã-Bretanha é apontada como um dos países com maior número de obesos do mundo. Cerca de um quarto da população adulta britânica está classificada como obesa.
Leia mais: Estudo indica aumento de consumo de álcool em dias de exercícios

Leis europeias

De acordo com as leis da União Europeia, as bebidas alcoólicas não precisam ter em seus rótulos o número de calorias.
Mas a Comissão Europeia já está pensando em colocar esta informação nos rótulos de bebidas também.
Na Grã-Bretanha, a pesquisa da Sociedade Real para Saúde Pública sugere que a medida seria aprovada pelo público, que, em sua maioria, desconhece estes dados.
"É surpreendente, cerca de 80% dos adultos não sabem qual o número de calorias que está bebendo, e se eles acham que sabem, eles totalmente subestimam (as calorias ingeridas)", disse à BBC Shirley Cramer, presidente da organização.
Para Cramer a indicação das caloriaspode ajudar a reduzir a obesidade e o consumo de bebidas alcoólicas.
A sociedade realizou uma pequena experiência em um bar e observou que as pessoas que eram alertadas sobre o número de calorias nas bebidas consumiram 400 calorias a menos durante o tempo em que ficaram no bar.
Estimativas sugerem que 10% das calorias ingeridas por adultos têm sua origem em bebidas alcoólicas.
O Portman Group, que representa os fabricantes de bebidas alcoólicas na Grã-Bretanha, afirmou que pensa "seriamente" nas consequências da bebida para a saúde e já fornece informações de calorias em um website, o Drinkaware.
"Produtores de bebidas podem ter um papel importante na informação e educação dos consumidores e estão abertos a mais discussões sobre informações de calorias. Mas, é essencial que o teor alcoólico, e não as calorias, devam primeiramente informar o consumidor em sua decisão", afirmou o grupo em uma declaração.
"É preciso fazer muito mais para conscientizar a respeito dos conteúdos e dos danos que podem ser causados pelas bebidas alcoólicas", disse Jackie Ballard, diretora da organização de caridade britânica Alcohol Concern.
"Você entra em qualquer loja e as calorias, quantidade de gordura, açúcar e muito mais estão atrás dos pacotes de alimentos e não vemos porque deveria ser diferente com as bebidas", acrescentou.

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Luz do sol pode reduzir ganho de peso e controlar diabetes, diz estudo

  • Há 2 horas
Luz solar poderia frear o ganho de peso, disseram cientistas
A exposição ao sol pode desacelerar o ganho de peso e o desenvolvimento de diabetes tipo 2, segundo pesquisa realizada em ratos.
Cientistas descobriram que a radiação ultravioleta em ratos superalimentados fez com que os animais comessem menos. Mas a vitamina D, produzida pelo corpo em resposta à luz solar, não estaria envolvida no fenômeno, disse o estudo.
Após o tratamento com luz ultravioleta, os ratos do estudo também apresentaram menores sinais de alerta de diabetes tipo 2, tais como níveis anormais de glicose e resistência à insulina (condição em que a insulina produzida pelo corpo é insuficiente ou ineficiente para processar a glicose nas células).
Leia mais: Déficit de sono tem efeito 'dramático' sobre o corpo humano, diz estudo
Estes efeitos estavam ligados ao óxido nítrico, que é liberado pela pele após a exposição à luz solar. O mesmo efeito foi obtido quando um creme contendo este composto foi aplicado sobre a pele dos ratos.
Os pesquisadores disseram que os resultados devem ser interpretados com cautela, pois ratos são animais noturnos, cobertos de pelo, e que normalmente não são expostos a muita luz solar.
A descoberta, feita por cientistas de Edimburgo (Escócia), Southampton (Inglaterra) e Perth (Austrália), foi divulgada na publicação científica Diabetes. Mais pesquisas são necessárias para descobrir se a luz do sol tem o mesmo efeito em humanos, disseram especialistas.
Leia mais: Fazer só duas refeições por dia pode ajudar no tratamento de diabetes tipo 2
"Nós sabemos de estudos epidemiológicos que aqueles que tomam sol vivem mais do que aqueles que passam a vida na sombra. Estudos como esse nos ajudam a entender como o sol pode ser bom para nós", disse Richard Weller, professor de dermatologia da Universidade de Edimburgo.
"Precisamos lembrar que o câncer de pele não é a única doença que pode matar e talvez devessemos equilibrar o nosso conselho de exposição ao sol".
Shelley Gorman, do Instituto Telethon Kids, de Perth, na Austrália, e principal autora do estudo, disse que os resultados mostraram que a luz do sol era um elemento importante de um estilo de vida saudável.
"Eles sugerem que a exposição ocasional da pele à luz solar, juntamente com a prática de exercícios e uma dieta saudável, pode ajudar a prevenir o desenvolvimento da obesidade em crianças

quarta-feira, 2 de julho de 2014

Descubra porque sua dieta não tem provocado perda de peso

ANA PAULA SCINOCCA
Quarta-Feira 02/07/14

O corpo é esperto e cheio de artimanhas. Quando percebe o risco de emagrecimento, resultado de dieta, acompanhada de malhação, ele entra em alerta e reage, da mesma forma que faria diante de uma enfermidade ou de um longo período de inanição. Muita gente já caiu na armadilha de malhar e fazer dieta sem alcançar [...]

O corpo é esperto e cheio de artimanhas. Quando percebe o risco de emagrecimento, resultado de dieta, acompanhada de malhação, ele entra em alerta e reage, da mesma forma que faria diante de uma enfermidade ou de um longo período de inanição. Muita gente já caiu na armadilha de malhar e fazer dieta sem alcançar os resultados esperados.
O blog ouviu dois especialistas respeitados no País, o nutricionista e educador físico Bruno Fischer e Paulo Gentil, educador físico, professor e autor de livros sobre emagrecimento, para saber quais as razões que provocam isso.
“Muitas pessoas não estão emagrecendo porque estão dando estímulos que levam o corpo a entrar em um estado de alerta e economizar suas reservas de energia”, afirma Gentil. “A maior parte das pessoas adota uma estratégia errada para conseguir emagrecer”, completa Fischer.
Fischer e Gentil insistem que é preciso “esquecer a balança”. Segundo eles, perder peso não significa emagrecer. E explicam: “O peso na balança não é o melhor parâmetro para avaliar a composição corporal. Para isso, é importante fazer uma avaliação física. Tal avaliação mostrará exatamente o que tem acontecido no corpo da pessoa, ou seja, se ela tem perdido gordura, ganhado músculos, ou o contrário”, ressalta Fischer.
“É importante entender que perder peso é diferente de emagrecer”, anota Gentil.
Em entrevista, eles explicam os caminhos a serem percorridos para quem quer melhorar a forma com saúde.
Muitas pessoas afirmam que fazem dieta, mas não conseguem perder peso. Por que isso acontece?

Bruno Fischer – A maior parte das pessoas adota uma estratégia errada para conseguir emagrecer, geralmente fazendo dietas muito restritivas que levam à uma redução do metabolismo. Não procuram orientação de profissional capacitado e simplesmente começam a cortar o que ouvem falar que faz engordar (carboidratos, gorduras, etc). Então, além do corpo reduzir o metabolismo, ele acaba ficando num estado de alerta. Assim, qualquer deslize que a pessoa venha a fazer, como num final de semana, o corpo tende a querer compensar e acumular gordura. Todos os nutrientes (carboidratos, proteínas, gorduras, vitaminas e minerais) são importantes para manter o equilíbrio corporal (chamamos isso de homeostase), mas é preciso saber dosar o uso de cada um deles. E só o nutricionista é o profissional capacitado para estabelecer essa dose. Em algumas outras situações a pessoa emagrece (perde gordura), mas não perde peso, pois o ganho de massa muscular que pode ocorrer com o treino de musculação fará com que o peso na balança se mantenha estável.
Paulo Gentil – Um pouco de história, ou melhor, de pré-história, ajuda a explicar isso. Estudos em fósseis verificaram que a parte do nosso DNA relacionada ao metabolismo mudou pouco nos últimos 50.000 anos. Há grandes semelhanças com a época em que éramos nômades. Nesse período, quando a comida acabava tínhamos que fazer longos deslocamentos para encontrar um local mais favorável para a caça e coleta. Para sobreviver a esses períodos críticos, nosso corpo aprendeu a baixar o metabolismo e preservar as reservas de energia, evitando a perda de peso. Hoje, quando uma pessoa come pouco e faz longas caminhadas ou corridas de baixa intensidade, ela nada mais está fazendo do que reproduzir uma situação com a qual o corpo aprendeu a lidar ao longo de milhões de anos de evolução. Esse fenômeno pode ser visto, por exemplo, no conceito da termogênese adaptativa, que reflete uma queda no metabolismo de repouso quando se faz dietas restritivas. Um exemplo disso é um relato de pesquisadores canadenses em que uma mulher passou a comer 488kcal a menos e, ao final de 15 semanas engordou, pois seu metabolismo reduziu o equivalente a 552kcal! Em resumo, muitas pessoas não estão emagrecendo porque estão dando estímulos que levam o corpo a entrar em um estado de alerta e economizar suas reservas de energia.

Qual a melhor receita para perder peso e reduzir percentual de gordura?
Bruno Fischer – Mudar o estilo de vida. A mudança do comportamento alimentar, associado com a prática regular de exercícios, levará a resultados de emagrecimento sustentáveis. É preciso aprender a se alimentar, buscando sempre alimentos mais naturais e evitando industrializados. Incluir uma rotina frequente de exercícios também é indispensável. Nesse ponto a associação de musculação com treinos intervalados de alta intensidade tem se mostrado a melhor estratégia de emagrecimentos em termos de exercício.
Paulo Gentil – A melhor receita é ter uma alimentação equilibrada, privilegiando a qualidade dos alimentos ingeridos (ou seja, não é apenas contar calorias) e um programa de exercícios que tenha a capacidade de elevar seu metabolismo, queimando mais gordura nas horas e dias seguintes ao treino. Isso é conseguido com atividades de alta intensidade, como treinos intervalados (o famoso HIIT) e musculação.

Muito se fala que é preciso ignorar os números da balança e se preocupar apenas com percentual de gordura. O fato é que a maior parte das mulheres se importa sim com o ponteiro da balança. O que fazer para emagrecer?
Bruno Fischer -  O peso na balança não é o melhor parâmetro para avaliar a composição corporal. Para isso, é importante fazer uma avaliação física. Tal avaliação mostrará exatamente o que tem acontecido no corpo da pessoa, ou seja, se ela tem perdido gordura, ganhado músculos, ou o contrário.
Paulo Gentil – O ideal é fazer avaliações físicas para mensurar a quantidade de músculo e gordura. Como o músculo possui uma densidade maior do que a gordura, uma mesma massa de músculo ocupará um espaço menor, ou seja, uma pessoa poderá diminuir a silhueta, caber em roupas menores, melhorar esteticamente e ainda assim não mudar, ou até mesmo aumentar, o peso na balança. Por isso é importante entender que perder peso é diferente de emagrecer.

Muito se tem divulgado que os exercícios aeróbios não emagrecem, e podem até engordar. Quais as razões para que isso aconteça?
Bruno Fischer – Os exercícios aeróbios tem uma capacidade limitada de promover adaptações fisiológicas que levam à perda de gordura. O custo energético de atividades aeróbias de baixa e moderada intensidade é baixo, e o pior, esse tipo de exercício é incapaz de promover gasto de gordura em situação de repouso. Uma vantagem do exercício de alta intensidade é supressão do apetite ao final da sessão. Os exercícios aeróbios de baixa/moderada intensidade não são capazes de promover esse benefício.
Paulo Gentil – Pois é. A tentativa de emagrecer por meio dos exercícios aeróbios de baixa intensidade tem sido frustrante, conforme confirmado em diversos estudos sobre o tema. Isso acontece porque o corpo tem mecanismos de adaptação que acabam revertendo as alterações promovidas pelo exercício. Um exemplo é o conceito de supercompensação. Quando degradamos um tecido, o corpo tende a repor o que foi perdido e muitas vezes faz isso com sobras. Por exemplo, quando fazemos musculação há degradação das proteínas musculares e, nas horas seguintes, o corpo aumenta a síntese proteica para repor e supercompensar o que foi perdido. Quando se faz aeróbios de baixa intensidade e longa duração, há um direcionamento para utilização de gordura durante o exercício, mas nas horas seguintes o corpo acaba lutando para colocar de volta a gordura que perdeu e há indícios que pode haver, inclusive, supercompensação.

O que faz o HIIT ser considerado a melhor opção para perder peso? Ele pode ser feito por qualquer um? Mesmo por obesos e sedentários?

Bruno Fischer – Vamos combinar que é uma excelente opção para perder gordura, ok? E isso acontece em função de importantes adaptações fisiológicas que estimulam a queima de gordura durante o repouso, e o melhor de tudo com muito pouco tempo de exercício. É possível fazer um treino de HIIT em 5-10 minutos, no total de 3 vezes por semana. Vários estudos foram conduzidos nos últimos anos utilizando o HIIT, com diversas populações (obesos, sedentários, indivíduos com síndrome metabólica e com problemas cardíacos). A maior parte desses estudos tem demonstrado que esse tipo de treino é bem tolerado e seguro, Entretanto, assim como qualquer tipo de exercício, é indispensável uma avaliação física prévia.
Paulo Gentil – Ele é a melhor opção porque consegue elevar o gasto energético e de gordura por várias horas após sua conclusão, deixando um ambiente mais favorável à perda de peso. Ele pode sim ser feito pelas mais diversas pessoas, inclusive há diversos estudos mostrando que o HIIT é seguro e eficiente em obesos e sedentários. A maior parte das pessoas que o condenam ou não estuda ou está muito presa a conceitos ultrapassados. Aos olhos delas, HIIT se resume a fazer tiros de corridas em alta velocidade até chegar à exaustão. Mas não é bem assim. A intensidade deve ser calculada individualmente e existem diversas formas de se fazer HIIT, adaptando-o à realidade de cada um. Por exemplo, subir um lance de escadas ou mesmo fazer uma caminhada por 100 metros pode ser um estímulo intenso e funcionar como HIIT para uma pessoa obesa e sedentária.  Existem protocolos de HIIT adaptados para pessoas com insuficiência cardíaca e até mesmo pó- infartados. Inclusive, em muitos casos uma pessoa será incapaz de fazer atividades de longa duração, como no caso de obesos mórbidos e pessoas em processo de reabilitação cardíaca. Nestes casos, o HIIT será a ferramenta mais viável. Portanto, quem condena está mais apegado ao senso comum do que às evidências teóricas e práticas e, como consequência, muita gente pode estar sendo privada de melhorar sua saúde devido ao conservadorismo travestido de cautela e bom senso. Na cabeça de muita gente é mais fácil arrumar motivos para continuar fazendo o que sempre fez do que estudar e se preparar para fazer algo novo.

É possível uma pessoa perder peso, reduzir percentual de gordura se mudar a alimentação e fizer apenas musculação?
Bruno Fischer – Sim, completamente possível. O custo energético para ganhar massa muscular e/ou para recuperar o músculo após a musculação é elevado. Além disso, uma pessoa com maior quantidade de músculos gastará mais energia no dia a dia. Isso aliado com uma alimentação balanceada proporciona um ambiente completamente favorável para o emagrecimento.
Paulo Gentil – É sim, e existem diversos estudos sobre isso, no meu livro e nas minhas aulas eu cito um estudo espanhol em que pessoas que fizeram musculação perderam gordura, mesmo aumentando a ingestão calórica. O que deve ser claro, no entanto, é que não será qualquer protocolo de musculação que fará isso. É preciso saber organizar as variáveis para produzir os efeitos desejados. E isso será bem distante desses protocolos tradicionais em que se passam horas na academia fazendo milhares de repetições nos mais diversos exercícios. Lembre-se que intensidade é a palavra chave, e qualquer coisa que tenha muito volume, não terá intensidade.

Por que muita gente ainda hoje pensa que musculação engorda?
Bruno Fischer – Pela confusão feita entre perder peso e emagrecer, e ter a balança como único critério para avaliar resultados. Quando a pessoa ganha músculo vai ficar mais pesada, mas isso não significa que ela engordou, mas sim que ganhou peso advindo do acréscimo muscular. Engordar significa ganhar gordura.
Paulo Gentil – Falta de conhecimento e/ou conservadorismo. Mais de 90% das informações científicas sobre musculação foram produzidas nos últimos 10 anos, mas as pessoas continuam se baseando em conceitos com quase meio século de idade. A crença de que a musculação engorda vem da associação do ganho de massa muscular ao ganho de gordura, fruto de práticas equivocadas usadas por alguns participantes de concursos de beleza que comem excessivamente com o intuito de construir músculos, mas acabam engordando. Mas veja que isso é fruto da alimentação e não da musculação. Hoje já existem diversas evidências que o processo de ganho de massa muscular leva à perda de gordura, e não ao ganho. Vou dar três exemplos disso: 1) um estudo japonês induziu obesidade em ratos fornecendo-os alimento em excesso e verificou que a indução da hipertrofia diminuiu o tamanho das células de gordura e atenuou diversos problemas de saúde, como diabetes e esteatose hepática. 2) existe um gene chamado miostatina que inibe o ganho de massa muscular ao mesmo tempo que favorece o acúmulo de gordura, e a prática de musculação intensa inibe sua atividade.  3) cerca de 20% do seu metabolismo de repouso se destina a construção de proteínas, portanto, quanto mais músculo você estiver construindo, mas energia você gastará em repouso

Quem tem pouco para perder depois de já ter feito dieta e percebe o ponteiro da balança empacar faz o que? Qual o melhor caminho para perder os quilos finais?
Bruno Fischer – Primeiro de tudo esquecer a balança. É fundamental observar a composição corporal a partir da avaliação física e não pelo ponteiro na balança. Algumas estratégias nutricionais podem ser aplicadas quando a redução de gordura se estabiliza, mas para isso é fundamental uma observação minuciosa do padrão alimentar do indivíduo. Às vezes o simples ato de dar aquela escapada nos finais de semana já pode limitar o resultado final.
Paulo Gentil – Deve procurar um profissional de Educação Física – para fazer um planejamento que o leve aos treinos de alta intensidade – e um nutricionista – para adequar sua dieta.

quinta-feira, 26 de junho de 2014

Nutricionistas recomendam 'apenas água' em refeições para combater obesidade infantil



James Gallagher
Repórter de Ciência e Saúde da BBC News
Água deve ser a única bebida oferecida a crianças durante as refeições para ajudar a combater a obesidade, sugerem nutricionistas.
Um grupo de cientistas disse que bebidas açucaradas são calóricas e com pouco, ou nenhum, valor nutricional, e que as pessoas perderam o "hábito de beber água" durante as refeições.
O aviso dos nutricionistas veio no momento em que o Public Health England, uma agência do Departamento de Saúde da Grã-Bretanha, se prepara para publicar seus planos para cortar o consumo de açúcar no país. O plano deve propor a introdução de um "imposto de açúcar" sobre refrigerantes.
Cientistas falando antes do anúncio da Public Health England, argumentaram que não existem soluções fáceis para atacar a obesidade.
No entanto, eles concordaram em relação às bebidas açucaradas.
"É um simples conselho aos pais: incentivem seus filhos a beber água", disse Susan Jebb, da Universidade de Oxford.
"Uma vez que eles desmamarem, a mensagem deve ser 'crianças devem beber água'. Leite pode, mas esse deve ser o foco da nossa mensagem."
Tom Sanders, chefe do departamento de ciências nutricionais e diabetes do hospital King's College de Londres, disse: "Crianças devem adquirir o hábito de beber água. O problema é que as pessoas não bebem mais água. Eu acredito que as famílias devem colocar água na mesa, e não refrigerante, que deve ser apenas um agrado."
Açúcar e calorias
O grupo de especialistas disse que o principal impacto do açúcar na saúde é como fonte de calorias que podem levar à obesidade. Além disso, o açúcar pode aumentar o risco de problemas cardíacos e da diabetes tipo 2.
A recomendação da Organização Mundial da Saúde é de que a ingestão de açúcares não ultrapasse 10% do consumo diário de calorias de uma pessoa - e de que os governos trabalhem com uma meta de 5% para a população.
Os limites devem ser aplicados a todos os açúcares adicionados aos alimentos, assim como o açúcar natural presente no mel, melados, sucos de fruta e concentrados de frutas.
BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

 

sexta-feira, 30 de maio de 2014

EUA, Brasil e México somam a metade dos obesos do planeta, diz estudo

Quase um terço da população mundial tem sobrepeso ou obesidade

 
El País Brasil 29 Mai de 2014 - 20:48

Foto: AP
Duas mulheres obesas conversam em Nova York
Duas mulheres obesas conversam em Nova York
A epidemia de sobrepeso e obesidade avança desenfreada pelo mundo afora e já atinge 2,1 bilhões de pessoas no planeta, quase um terço da população mundial, segundo um estudo publicado quinta-feira na revista médica The Lancet. O texto alerta que, entre 1980 e 2013, os índices de obesidade em adultos passaram de 28,8% para 36,9% nos homens, e de 29,8% para 38% nas mulheres em todo o mundo. O índice de massa corporal de pessoas com sobrepeso oscila entre 25 e 30, enquanto o dos obesos é superior a 30.
O estudo, realizado pelo Instituto de Medições Sanitárias (IHME, na sigla em inglês) da Universidade de Washington, com dados colhidos em 188 países durante os últimos 30 anos, confirmou um aumento “significativo e generalizado” de pessoas obesas e com sobrepeso desde 1980, quando o número total era de 857 milhões. “Em 30 anos, nenhum país conseguiu reduzir os números da obesidade”, diz Christopher Murray, diretor do IHME.
De acordo com a pesquisa, a epidemia desacelerou entre os adultos dos países desenvolvidos, mas tende a se deslocar para os jovens. A parcela de crianças e adolescentes com este problema aumentou quase 50% em todo o mundo desde 1980. Em 2013, tinham sobrepeso ou obesidade 23,8% dos meninos e 22,6% das meninas dos países desenvolvidos. A prevalência da epidemia também cresceu nos jovens dos países em desenvolvimento, alcançando 12,9% dos meninos e 13,4% das meninas em 2013. “A obesidade é um problema que afeta pessoas de todas as idades e rendas em qualquer lugar”, diz Murray. O informe indica que, nos países desenvolvidos, a obesidade afeta mais os homens, enquanto nas áreas em desenvolvimento, a epidemia tem mais incidência entre as mulheres.
Com 13% da população mundial de obesos, os Estados Unidos são o país com maior número de pessoas nessa condição. EUA, Brasil e México somam a metade do total mundial.
Na Espanha, a obesidade ou o sobrepeso afeta 27% dos jovens do sexo masculino abaixo de 20 anos, e 23,8% das jovens nessa idade. Em adultos, as cifras sobem para 62,3% dos homens e 46,5% das mulheres.
Os pesquisadores calculam que a epidemia causou 3,4 milhões de mortes em 2010 e as expectativas não parecem otimistas. “Os estilos de vida modernos e o aumento da renda disponível”, somado à falta de “estratégias eficientes” por parte dos países para conter a epidemia, afirma o estudo, agravarão o problema: “Os números aumentarão com o crescimento da renda nos países de baixa ou média renda”, conclui Murray.

segunda-feira, 5 de maio de 2014

Brasil mantém índice de população com excesso de peso, diz pesquisa

 

Mais da metade dos brasileiros têm excesso de peso e 17,5% são obesos.
Dados foram divulgados pelo Ministério da Saúde nesta quarta-feira.

Do G1, em São Paulo
Projeto de lei beneficiará pessoas com obesidade (Foto: LG Rodrigues / G1)Quantidade de pessoas com excesso de peso praticamente se manteve estável entre 2013 e 2012. A queda foi de 51% para 50,8%. A quantidade de obesos aumentou 0,1% (Foto: LG Rodrigues / G1)
O Brasil manteve o índice da população acima do peso em 2013 em relação a 2012, segundo a pesquisa Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico), do Ministério da Saúde.
O estudo, divulgado nesta quarta-feira (30), indica que 50,8% dos brasileiros estão acima do peso ideal, e destes, 17,5% são obesos. O índice é praticamente o mesmo da pesquisa anterior, que apontou que 51% da população tem excesso de peso, sendo que 17,4% eram obesos.
"Esse dados são de praticamente todas as capitais brasileiras, é um dado generalizado de estabilização", disse o secretário de Vigilância em Saúde do ministério, Jarbas Barbosa.
A pesquisa Vigitel de 2012, baseada em dados de 2011, apontava que 48,5% da população tinha excesso de peso.
Em 2006, primeiro ano avaliado pela pesquisa, esse índice era de 43%.
Homens estão mais gordos
De acordo com o levantamento, os homens têm mais excesso de peso do que as mulheres – 54,7% contra 47,4%.
Segundo Jarbas, quanto maior a escolaridade, menor a taxa de obesidade e excesso de peso. "Isso indica que sobrepeso não é uma situação imutável e nós podemos mudar essa realidade com políticas públicas e mudança de comportamento também", explica.
Apesar dos índices de obesidade, a pesquisa Vigitel apontou que aumento na quantidade de praticantes de atividade física e de consumidores de frutas e hortaliças.
De acordo com o Ministério da Saúde, a frequência de atividade física em tempo livre aumentou de 30,3% para 33,8% nos últimos 5 anos. Além disso, 19,3% dos homens e 27,3% das mulheres comem cinco porções por dia de frutas e hortaliças, quantidade recomendada pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
"É importante trabalhar para essa redução de excesso de peso, com o objetivo de evitar doenças como diabetes e alguns tipos de câncer", apontou Jarbas. "Para nós, que trabalhamos com políticas públicas de saúde, essas informações nos dão um norte", disse o ministro da Saúde, Arthur Chioro.
Ainda de acordo com o titular da pasta, o combate do excesso de peso deve ser trabalhado em conjunto entre ações do governo e a população. "É uma epidemia mundial. A sociedade moderna acabou adotando hábitos alimentares e de vida extremamente deletérios a sua saúde", explica.
Alimentação
A pesquisa mostrou um aumento no consumo de frutas e hortaliças. Segundo o ministério, atualmente, 19,3% dos homens e 27,3% das mulheres comem cinco porções por dia de frutas e hortaliças, quantidade indicada pela Organização Mundial de Saúde.
Apesar do aumento do consumo de alimento saudáveis, o indicador mostrou que 16,5% dos brasileiros substituem diariamente o almoço ou jantar por lanches, como pizzas, sanduíches e salgado; 23,3% dos brasileiros ingerem refrigerantes, no mínimo, cinco dias por semana; mais da metade da população consume leite integral (53,5%), e 31% consomem carnes gordurosas e alimentos com gordura saturada.
Chioro, disse que será necessário esperar dados do próximos anos para afirmar a estabilização nas taxas de sobrepeso e obesidade. “É um primeiro retrato. Nós precisamos ter uma sequência nos próximos anos para a gente poder afirmar com consistência que há uma estabilização do crescimento tanto do sobrepeso quanto da obesidade”, disse.

Fumantes
O levantamento apontou ainda que 11% da população brasileira se declarou fumante em 2013, 1% a menos que o índice Vigitel de 2012.
Além disso, entre 2006 e 2013, caiu em 28% o número de fumantes entre pessoas com idade acima de 18 anos.
A redução da taxa foi ainda maior entre aqueles que fumam 20 ou mais cigarros por dia. Em 2006, o percentual era de 4,6% e em 2013, caiu para 3,4%.
Outro dado importante mostra que o consumo de cigarro é maior entre os homens do que entre as mulheres. Enquanto eles correspondem a 14,4%, elas, a 8,6%.

Para Chioro, a redução do índice de tabagismo possibilita ao governo planejar ações para diminuir a incidência de doenças cardiovasculares e câncer.
Doenças crônicas
Segundo a pesquisa, o índice de pessoas que sofrem de hipertensão arterial também se manteve estável; 24,1% da população brasileira tem a doença. As mulheres registram a maior incidência da doença do que os homens. Elas, com 26,3%, e eles, com 21,5%.
De acordo com a pesquisa, houve uma alta no percentual de pessoas diagnosticadas com diabetes. A tendência é de crescimento desde a primeira edição do Vigitel. O índice da doença também é maior entre as mulheres, com 7,2%. Já os homens o percentual é de 6,5%.
Pessoas entre 18 e 24 registram o percentual de 3,0% nos casos de hipertensão e de diabetes 0,8%. No entanto, a prevalência das doenças entre pessoas acima dos 65 anos é de 60,4% para hipertensão e 22,1% para diabetes.
veja também
 

sábado, 3 de maio de 2014

Alcachorra serve para emagrecer e para ...tais como: baixar o colesterol... combater a anemia ...gases...

Alcachofra



Alcachofra, de nome científico Cynara scolymus, é uma planta medicinal que serve para emagrecer e para complementar diversos tratamentos, tais como: baixar o colesterol; combater a anemia; regular os níveis de açúcar no sangue e combater os gases, por exemplo. Ela é originária de países do mar mediterrâneo, como a Grécia, e, para muitos, a alcachofra é considerada afrodisíaca.

Propriedades da Alcachofra

A alcachofra é anti esclerótica; depurativa do sangue; digestiva; diurética; laxante, anti-reumática; anti-tóxica; hipotensora e é boa para baixar a febre.

Para que serve a Alcachofra

Anemia; aterosclerose; diabetes; doenças do coração; febre; fígado; fraqueza; gota; hemorroidas; hemofilia; pneumonia; reumatismo; sífilis; tosse; ureia; urticária; problemas urinários.

Modo de uso da Alcachofra

A alcachofra pode ser consumida in natura, em forma de salada crua ou cozida; chá ou em cápsulas industrializadas.
As cápsulas da alcachofra devem ser consumidas antes ou depois das principais refeições do dia, juntamente com um pouquinho de água.
  • Chá de alcachofra: Colocar numa xícara de água fervente, de 2 a 4 g das folhas de alcachofra e deixar repousar por 5 minutos. Coar e beber a seguir. 

Receita do chá de Alcachofra

Ingredientes

  • Alcachofra
  • Água

Modo de preparo

Ferva 2 colheres da folha de alcachofra picada com 1 litro de água, deixe esfriar e coe. Tome 1 xícara (de chá) 3 vezes ao dia, após as principais refeições. Cada xícara de chá deve ser preparada e consumida imediatamente, para conservar o máximo de suas propriedades medicinais.

Receita de alcachofra gratinada

Consumir a alcachofra gratinada é uma deliciosa forma de aproveitar os benefícios desta planta medicinal.

Ingredientes

  • 2 flores de alcachofra
  • 1 pacote de creme de leite
  • 2 colheres de sopa de queijo ralado

Modo de preparo

Para preparar a alcachofra gratinada, basta colocar todos os ingredientes fatiados numa assadeira e temperar com sal e pimenta. Acrescente o creme de leite por último e cubra com o queijo ralado, levando para assar no forno a 220ºC. Sirva quando estiver bem douradinho.

Efeitos colaterais da Alcachofra

Não há.

Contraindicações da Alcachofra

Indivíduos com obstrução do ducto biliar, durante a gravidez e amamentação.

Informação nutricional da Alcachofra


ComponentesQuantidade por 100g
Energia35 calorias
Água81 g
Proteína3 g
Gordura0,2 g
Carboidratos5,3 g
Fibras5,6 g
Vitamina C6 mg
Ácido Fólico42 mcg
Magnésio33 mg
Potássio197 mcg

Link útil:

 https://brasil123.com.br/gengibre-emagrece-para-que-serve-e-como-usar/