sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Beber muita cerveja de uma só vez provoca barriga

da Folha de S.Paulo

A culpa pela famosa "barriguinha de cerveja" está mais relacionada à quantidade exagerada que se bebe de uma só vez do que às bebidas alcoólicas em si, indica estudo realizado pela Sociedade Europeia de Cardiologia.

A pesquisa, feita com 28.594 pessoas, revela que aquelas que bebem pelo menos 80 gramas de álcool em uma única ocasião têm mais risco de acumular gordura abdominal do que as pessoas que consumirem a mesma quantidade, mas ao longo de diversos dias.

Segundo Marcio Mancini, presidente da Abeso (Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica), como a cerveja possui menor teor alcoólico do que vinhos e destilados, é mais comum ser consumida em grandes quantidades em uma única oportunidade, geralmente com o acompanhamento de salgados e porções calóricas. "Tudo de uma só vez. Isso é o prejudicial", explica.

Daniel Lerário, endocrinologista do hospital Albert Einstein e membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica, explica que as pessoas que consomem bebidas alcoólicas tendem, sim, a ficar com um pouco de barriga --principalmente no caso de cerveja e vinho, que contribuem para o aumento da gordura localizada.

No entanto, ele afirma que a bebida sozinha não é responsável pelo excesso de peso. "Basta observar como os alcoolistas são magros", diz.



sábado, 29 de agosto de 2009

Boca da obesidade - Agência FAPESP


5/8/2009

Agência FAPESP – Um estudo feito no Instituto Forsyth, em Boston, Estados Unidos, com participação brasileira, encontrou forte associação entre a ocorrência de obesidade e a bactéria Selenomonas noxia, encontrada na boca.

A pesquisa, publicada no Journal of Dental Research, foi desenvolvida por Max Goodson com a participação do professor Francisco Carlos Groppo, da Faculdade de Odontologia de Piracicaba (FOP) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

Para o estudo, foram selecionados 313 pacientes saudáveis do sexo feminino, que apresentavam sobrepeso ou obesidade de nível 1 (circunferência de cintura entre 80 e 88 centímetros). Os resultados, de acordo com Groppo, apontaram um grau elevado da presença do microrganismo em mais de 90% das mulheres.

“A bactéria foi encontrada em quantidade muito superior ao normal nas pessoas obesas, a tal ponto que seria possível identificar um indivíduo obeso simplesmente pela presença de certa concentração dessa bactéria em sua boca”, disse Groppo à Agência FAPESP.

A contribuição de Groppo para o estudo começou durante seu pós-doutorado, realizado em Boston em 2002. Atualmente, o cientista recebe apoio da FAPESP por meio da modalidade Auxílio a Pesquisa – Regular, com o projeto “Efeito da homeopatia e fitoterapia sobre parâmetros morfológicos em alveólo e glândulas salivares de ratos irradiados”.

“Esse é o primeiro estudo que aponta uma bactéria da boca como tendo implicação na obesidade. Sabemos que várias outras doenças têm implicação direta com bactérias da boca”, explicou Groppo, que é pesquisador na área de Farmacologia, Anestesiologia e Terapêutica da FOP.

A bactéria Selenomonas noxia não depende de oxigênio para sobreviver e é frequentemente encontrada em pacientes com periodontite. “Ela não surge do nada. Para se fixar, precisa de condições especiais, que envolvem uma sequência de eventos distintos”, explicou.

Apesar da descoberta, o pesquisador afirma que não é possível ainda tirar conclusões definitivas. “Não dá para saber se é a bactéria que causa a obesidade ou se a patologia é que provoca a alta concentração da bactéria”, disse.

Curiosamente, segundo ele, a Selenomonas noxia é do mesmo grupo de microrganismos que, no passado, foram encontrados no intestino e estavam relacionados com a obesidade. “Além disso, ela está associada também a abortos”, disse.

Continuação da pesquisa

Segundo Groppo, o estudo poderá servir como indicador para caracterizar uma pessoa como obesa ou não. “Observando a concentração dessa bactéria, é possível diagnosticar se determinado indivíduo é obeso, tamanha a precisão na associação”, afirmou.

O estudo permite levantar algumas hipóteses. “Talvez o organismo dos obesos possa gerar nutrientes específicos para essa bactéria, fazendo com que ela se multiplique além do normal. Também é possível que a bactéria produza substâncias químicas na boca que, uma vez absorvidas, poderiam aumentar a sensação de fome”, disse.

O estudo continuará simultaneamente em Boston e em Piracicaba. “O professor Max Goodson vai estudar a evolução das bactérias nas crianças. E eu vou começar a fazer uma série de testes in vitro”, explicou.

Groppo alerta para a necessidade de cuidados com a saúde bucal. “É preciso frisar para a população em geral a necessidade de procurar atendimento odontológico. Esse estudo é mais uma mostra de que a saúde começa pela boca”, disse.

O artigo Is obesity an oral bacterial disease?, Max Goodson e Carlos Groppo, pode ser lido por assinantes do Journal of Dental Research em http://jdr.sagepub.com/cgi/content/full/88/6/519.


LEIA MAIS SOBRE OBESIDADE:


http://www.agencia.fapesp.br/materia/10867/especiais/boca-da-obesidade.htm

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Rio Grande do Sul quer incluir obesos em grupo de risco

PABLO SOLANO
da Agência Folha

A Secretaria da Saúde do Rio Grande do Sul discute a inclusão oficial dos obesos no grupo de risco da gripe suína, segundo o diretor do Centro Estadual de Vigilância em Saúde, Francisco Paz.

Após discussões com especialistas, a mudança pode ser proposta ao Ministério da Saúde, responsável pelos protocolos de combate à nova gripe.

Cinco dos 11 mortos no RS eram obesos. Segundo o Hospital das Clínicas de Botucatu (SP), o paciente morto na cidade também apresentava obesidade.

A medida possibilitaria que essas pessoas recebessem o medicamento Tamiflu antes de apresentarem complicações.

O protocolo federal sobre o tratamento de suspeitas de gripe suína permite que o Tamiflu seja prescrito antes de sintomas mais graves só para crianças com menos de dois anos e idosos com mais de 60 anos, gestantes, portadores de doenças crônicas e outros em tratamento para câncer, Aids ou que usam medicação imunodepressora.

O chefe da Unidade de Infectologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Luciano Goldani, disse que um estudo aponta que os obesos nos EUA têm apresentado complicações mais graves.

Porém ele considera que as pesquisas precisam ser intensificadas no Brasil --o fato de a obesidade ser problema epidêmico nos EUA pode ter desvirtuado o resultado do estudo.

A Secretaria da Saúde do RS também estuda a pertinência de usar o Tamiflu mesmo passadas 48 horas do aparecimento dos primeiros sintomas. Hoje, pelo protocolo federal, não se recomenda o uso após esse período.

O chefe do Serviço de Infectologia do Hospital Conceição, de Porto Alegre, Breno Riegel do Santos, também defende que o Tamiflu seja prescrito na região Sul, após avaliação médica, para todos com sintomas da gripe.

O infectologista disse que o remédio diminui a carga viral no organismo e, consequentemente, reduz o risco de contaminação de outras pessoas.

 https://brasil123.com.br/gengibre-emagrece-para-que-serve-e-como-usar/