quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Crianças e jovens apresentam mais excesso que falta de peso, diz IBGE (Postado por Lucas Pinheiro)

 As crianças e adolescentes brasileiros têm, em média, mais excesso de peso que déficit de massa corporal, segundo estudo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgado nesta quarta-feira (28). De acordo com o relatório, 33,5% das crianças de 5 a 9 anos estão com sobrepeso, contra 4,1% com déficit de massa corpórea.

Chamado de Síntese de Indicadores Sociais 2012, o estudo reuniu dados de levantamentos anteriores do instituto, como a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) de 2008 e 2009 - último período em que o estudo foi realizado - e a Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (Pense).

Entre os jovens com 10 a 19 anos, um quinto ou 20,5% deles apresentam sobrepeso, contra 3,4% com "magreza" excessiva, indica o estudo. Os números sobre excesso de peso são preocupantes, diz a pesquisadora Bárbara Cobo, da área de indicadores sociais do IBGE e uma das responsáveis pelo estudo.

 Bárbara avalia que a alimentação desequilibrada e a pressa para comer são características do mundo dos adultos que também afetam os jovens. "Você precisa mudar os hábitos nas escolas, mas também em casa, precisa ser um trabalho em conjunto nos dois ambientes", diz.

Os temas da merenda e dos alimentos saudáveis na rede escolar têm sido muito debatidos, mas marecem atenção, afirma a pesquisadora.

A obesidade (estágio superior ao sobrepeso) também foi destacada no relatório recém-lançado. Pelo menos 11,8% das meninas e 16,6% dos meninos entre 5 e 9 anos foram considerados obesos, segundo o IBGE. No grupo de 10 a 19 anos, 4,9% das crianças apresentaram quadro de obesidade.

Nas escolas
A Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (Pense), que integra o relatório, aponta que 16% dos jovens no 9º ano do ensino fundamental estavam com sobrepeso quando o estudo foi realizado, em 2009. Já o déficit de massa corporal atingia só 2,9% destes jovens, número bem menor do que os com excesso de peso. Outros 7,2% estavam obesos.

A pesquisa avalia o estado nutricional dos estudantes de todas as capitais brasileiras, segundo o IBGE. Apesar de as amostras analisadas serem distintas, o instituto afirma, no relatório recém-divulgado, que "os dados [da Pense] são coerentes com aqueles captados para o grupo de 10 a 19 anos de idade investigado na POF 2008-2009".

Dados regionais
A capital com maior número de estudantes do 9º ano do ensino fundamental acima do peso é Porto Alegre (20,1%), diz o IBGE. Na sequência estão Rio de Janeiro (18,3%) e Florianópolis (17,2%).

No caso das crianças de 5 a 9 anos, faixa analisada na POF, o excesso de peso é mais comum nas regiões Sudeste (39,7%), Centro-Oeste (37,9%) e Sul (36,3%). A situação é parecida com a encontrada entre os jovens de 10 a 19 anos - o sobrepeso é maior nas regiões Sul (26,9%), Sudeste (24,4%) e Centro-Oeste (23,9%), de acordo com o IBGE.

Dengue e mortalidade infantil
O relatório aponta outras informações sobre a saúde dos brasileiros. Segundo o Datasus, houve queda de 9,6% na taxa média nacional de incidência da dengue, entre 2001 e 2009. Em 2001, foram 226 casos por 100 mil habitantes, contra 204,3 casos por 100 mil habitantes em 2009.

No Brasil, 52,2% das mortes de crianças menores de um ano concentravam-se na primeira semana de vida, em 2009, e 31,4% no chamado período pós-neonatal (com 28 dias ou mais), ainda de acordo com o IBGE.

No caso da mortalidade de crianças recém-nascidas, a chamada mortalidade neonatal (que ocorre até os primeiros 27 dias de vida), o Brasil atingiu índice equivalente ao da média da América Latina (dez mortes para cada 100 mil nascimentos), em dados da Unicef de 2011 reunidos no relatório recém-lançado.

O país, no entanto, registrou o dobro de mortalidade de crianças com até 27 dias de países vizinhos, como Chile e Uruguai (cinco mortes para cada 100 mil nascimentos), e mais do que a Argentina  (sete mortes para cada 100 mil). Para a pesquisadora, houve grandes avanços no combate à mortalidade infantil no Brasil, mas é possível melhorar ainda mais os indicadores de mortalidade neonatal. "Poderia haver mais investimentos na rede [de saúde] para assistência a mulheres grávidas, por exemplo", avalia.

Aids
A incidência de Aids no Brasil manteve-se constante entre 2001 e 2008, segundo os dados do Datasus compilados no relatório. O IBGE, no entanto, chama a atenção para o aumento da doença no Norte e no Nordeste, com elevação de 108,3% e 52,4% dos casos registrados, respectivamente, em cada uma das regiões. O crescimento da incidência da doença se deu de forma mais significativa entre as mulheres, de acordo com o instituto.

No caso da tuberculose, houve uma redução na incidência de 10,3% no país entre 2001 e 2009, segundo os dados do relatório.

sábado, 3 de novembro de 2012

Após passar mal, mulher de 40 anos muda hábitos e perde 20 kg: 'renasci' (Postado por Lucas Pinheiro)

 Há um ano, Sandra Maria Passos Magalhães, de Tapiratiba, no interior de São Paulo, chegou em casa após o trabalho e sentiu muita falta de ar e formigamento intenso nos braços. “Achei que estava tendo um infarto”, lembra a telefonista.

Na época com 84 kg, ela decidiu usar o episódio como um estímulo para iniciar uma mudança que vinha adiando há muito tempo.

“Não tinha noção de que estava muito acima do peso. Naquele dia, me dei conta que estava sendo prejudicada”, avalia. Sandra mudou completamente sua alimentação, entrou na academia e começou uma rotina regrada, o que a fez sair dos 84 kg para os 64 kg. “Eu renasci. Usava roupas de tamanho 50 e passei para o manequim 38/40”, conta satisfeita.

Cansada de tantas tentativas fracassadas de perder peso, ela relata que a mudança de cabeça foi determinante nesse processo. “Eu me conscientizei que tinha que mudar e, por isso, consegui”, analisa. Com a mente no lugar, determinação e força de vontade, ela iniciou sua luta para mudar seus hábitos e adotar uma vida saudável.

O primeiro passo foi adquirir o hábito de se alimentar a cada 3 horas e fazer substituições na dieta: os pães brancos deram lugar aos integrais, o arroz branco também deu lugar ao integral, as carnes gordas foram trocadas pelas carnes magras e o refrigerante perdeu espaço para a água. “Minha alimentação era totalmente errada. Eu só almoçava, beliscava o dia inteiro e não tinha hábito de comer frutas”, lembra.

    
 Por causa do trabalho como telefonista, grande parte do dia de Sandra é sentada. “Mesmo depois de chegar em casa, eu ia do sofá para a cama e da cama para o sofá. Além disso, quando chegava, comia dois pães brancos com presunto e queijo”, conta. Por ficar parada por muito tempo na mesma posição, ela começou a sentir as pernas inchadas, incômodo que desapareceu após seu emagrecimento.

“Sentia muita queimação no estômago também, não podia comer uma banana. Hoje não sinto mais nada”, diz. Para se manter firme na mudança, Sandra envolveu toda a família. “Em casa, todo mundo mudou também. Minha filha entrou na academia comigo, isso foi um incentivo para continuar”, avalia.

Com a companhia da filha, ela passou a se exercitar três vezes por semana, intercalando atividades aeróbicas com musculação. “Já tinha tentado começar na academia várias vezes, mas não consegui em nenhuma delas porque minha cabeça não tinha mudado”, afirma.

 Sandra foi incentivada também por histórias mostradas no Bem Estar, de pessoas que mudaram a vida e conseguiram emagrecer. “Achava que não tinha condições de perder peso, mas posso afirmar com orgulho que venci”, diz. “As pessoas me perguntam se eu tomei remédio e eu digo que tomei um remédio chamado ‘vergonha engarrafada’”, brinca.

Agora, um ano depois e 20 kg a menos na balança, ela acredita que a mudança foi definitiva. “Não quero mais aquela vida que tinha. Vou continuar na luta para me manter saudável”, conclui.

 https://brasil123.com.br/gengibre-emagrece-para-que-serve-e-como-usar/